domingo, 4 de outubro de 2015

O livre Arbítrio




Agostinho de Hipona

O livre Arbítrio

                       Se você estudar a história ocidental e buscar as mentes brilhantes responsáveis pela formação ideológica, política e social, certamente dentre tantos outros, um nome notável nos será apresentado com a devida honra, Agostinho de Hipona (334 - 430 d.C.).  Estamos falando de um homem que viveu no séc IV d.C e foi responsável por grandes e importantes revoluções acadêmica no seio da igreja, fundamentando a doutrina cristã em vista as grandes confusões teológicas que mergulhavam a igreja num mar de contradições doutrinárias. É lógico que Agostinho não foi o único, mas certamente o mais influente, cujas obras influenciaram por muito tempo a igreja e o ocidente, alcançando a reforma protestante no séc XVI e a nós hoje através dessa obra de grande importância, que disponibilizamos afim de promover a edificação espiritual.



A obra O livre-arbítrio é escrito em forma de diálogo, entre Agostinho e seu amigo Evódio, e trata sobre a vontade livre do homem e a origem do mal[7]. A principal afirmação de Agostinho é que o livre-arbítrio[8] é um bem concedido por Deus.

No Livro I do O livre-arbítrio, Agostinho e Evódio chegam à conclusão que o homem possui o livre-arbítrio (a vontade livre). Porém, diante da afirmação de Agostinho de que o livre-arbítrio é um bem dado por Deus, Evódio levanta um problema ao afirmar que é por tal liberdade que o homem peca: “O quanto me parece ter compreendido no livro anterior, é que nós só possuímos o livre-arbítrio da vontade, mas acontece ainda que é unicamente por ele que pecamos” (Agostinho, 1995, p. 73).

Essa afirmação de Evódio envolve várias implicações. Agostinho acredita que o livre-arbítrio é um bem e, sendo assim, só pode provir de Deus, pois este é a fonte de todo o bem. Porém, se é por esta liberdade de juízo que o homem peca e, sendo o pecado um mal, ter-se-ia dois problemas fundamentais: o primeiro, se realmente o livre arbítrio é um bem; o segundo, se é por ter a capacidade de livre arbitrariedade que o homem peca, como pode essa capacidade ter sido dada por Deus, que é fonte exclusiva de todo o bem?

É importante ter em mente que mesmo Agostinho sendo cristão e fervoroso na fé, na sua investigação, junta dois meios: fé e razão. Segundo o pensamento agostiniano, não basta apenas ter fé, é necessário saber sobre o que se acredita. E também não basta apenas mover-se pela razão, pois, para que essa seja eficiente, é necessário acreditar no que se investiga. Primeiramente, Agostinho crê e, a partir da crença, investiga sua verdade. Assim, Agostinho se manifesta sobre o crer para entender:



[...] Com efeito se crer não fosse uma coisa e compreender outra, e se não devêssemos, primeiramente, crer nas sublimes e divinas verdades que desejamos compreender, seria em vão que o profeta teria dito: ‘Se não o credes não entendereis’[9]( 1995, p. 73).



Portanto, em sua ivestigação sobre o livre-arbitrio, Agostinho primeiramente prova a existência de Deus[10].Depois, prova que o livre-arbítrio é um bem e, por conseguinte, provém de Deus.
http://filosofia.ceseccaieiras.com.br/

Características:
Autor: Agostinho de Hipona
Título: O livre Arbítrio
Editora: Paulus editora
Páginas: 294

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1 comentários:

Unknown disse...

link nao esta mais disponivel

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